sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Idade Média

A Idade Média foi um período da história humana que compreendeu o espaço de tempo entre o ano de 500 ao ano de 1500. Muitos historiadores se referem a ela como "A noite de 1000 anos", afirmando que nesse período a humanidade ficou mergulhada nas trevas da estagnação cultural, política e econômica. Curiosamente, esse foi o período em que a Igreja Católica impôs mais fortemente a sua influência, tanto na área social como nas decisões políticas. A ignorância do povo e a falta de uma consciência política da nobreza, acabaram por determinar o domínio da doutrina religiosa que fez da inquisição, o mais nefasto instrumento de obediência ao seu regime. A cultura se restringia aos mosteiros que monopolizavam o conhecimento, em detrimento da alienação do povo submisso. Foi um período de guerras religiosas (Cruzadas) contra os " impuros" seguidores do Islã. Tempo dos Feudos, do lixo urbano, a falta de saneamento que acabaria ocasionando a peste negra (peste bubônica), responsável pelo extermínio de metade da população mundial da época.
Mas nem tudo foi tão ruim na Idade Média. Na verdade esse período representou a transição entre um passado acomodado e um futuro vibrante. O surgimento da Burguesia, coincidiu com o crescimento econômico que iria desembocar na Revolução Industrial. A cultura, até então aprisionada nos mosteiros, ultrapassa seus muros e vai acabar formando uma nova geração de "gênios" dos ofícios e das artes. Enfim, é chegada a hora do Renascimento.
Eu, particularmente, acho a Idade Média muito interessante. Existe qualquer coisa de misteriosa nela, e o desconhecido sempre atrai.
Será que eu sou medieval?


Poema do Dia:

Medieval

Eu sou um medieval contemporâneo,
Nascido e criado no submundo do ostracismo,
Cansado de vagar no subterrâneo,
Dessa vida condenada ao fatalismo.

Os ratos que pululam no esgoto,
Dessa lúgubre e recôndida catacumba,
Foram meus amigos de asco e escroto,
Numa jornada que, na mente, ainda retumba.

Um homem que busca razões para viver,
Necessita, com urgência, encontrar soluções,
Que dêem sentido vital às suas emoções.
Que a cruz que ele carrega lhe seja leve,
Livre do arbítrio que a espada prega,
Perto do amor que a alma rega!

Quando ando por essas vielas,
Coberta de casas rudes e bolorentas,
Vem a mim a imagem dos seios delas;
Fartos e expremidos em roupas luxentas.

Sedentas para dar e receber amor,
E saciar o instinto animal primitivo,
Que habita nossa mente e dá calor
Ao corpo paralítico de um executivo.

O sexo é um bom motivo para viver.
Sentindo prazer, o corpo é mais ativo
Para enfrentar a busca do objetivo.
Saber amar tem sabor de um manjar
Que se come demorado e com ardor.
Que começa em preto e branco, e se acaba em furta-cor !

Esses becos escuros, onde na verdade, nunca andei
São como campos da mente, obscuros, no inconsciente
Libertos de qualquer religião ou "Agnus Dei",
Vão aflorando pensamentos de sanidade insuficiente.

E a escuridão, que por inteiro cobre o dia,
Faz-me lembrar que a morte tarda mas não falha
E que sou apenas um grão de poeira vadia
De passagem pelo universo, coberto por mortalha.

A morte é um mistério guardado em si.
Murcha a flor, e se despetala em revertério,
Pára o coração, e o corpo vai dar no cemitério.
A vida é uma passagem, um aprendizado,
Guardando na mente, sempre aquela mensagem:
"Que esteja a alma pronta, para a derradeira viagem..."

Richard

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Mundo GLST

O homossexualismo é tão antigo quanto a raça humana. Há relatos de casos homossexuais desde a civilização egípcia a mais de 3000 anos atrás. Provavelmente, na Idade da pedra, os homens das cavernas já contavam com seus representantes gays. Pesquisas recentes apontam para o fato de que o fator genético seja determinante para que um indivíduo se torne homossexual. Ou seja, você não se torna gay, você já nasce gay. Eu, sendo um defensor fervoroso da ciência, acredito também ser o homossexualismo definido pelo fator genético.
A sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) difundida mundialmente para definir o grupo homossexual, agora recentemente foi acrescida da letra T (travestis, transsexuais e afins) para englobar o mundo gay. As pesquisas mostram que 11% da população mundial pertence ao grupo GLST. Ou seja, aproximadamente 1 a cada 10 pessoas no mundo pertence ao grupo GLST. É uma minoria perante ao todo, mas é uma minoria considerável. Tanto é, que o público GLST é alvo de muitas empresas dispostas a faturar alto com essa fatia do mercado. Temos revistas dedicadas a essa faixa de público, temos bares e boates excluisivamente dedicadas ao GLST, temos agências de viagens com roteiros destinados ao GLST, hotéis, cruzeiros e uma série de eventos destinados ao GLST. A discriminação ao GLST existe por parte da população, mas o certo é que eles vêm conseguindo grandes vitórias na luta pelos seus direitos. Na Inglaterra, por exemplo, já foi liberado o casamento entre Homossexuais inclusive com preservação da herança dos bens ao parceiro, quando da morte de um conjuje. Mesmo no Brasil, vemos aqui e ali algumas ações que já estão beneficiando o grupo GLST, e ajudando a quebrar a resistência da população contra eles.
O importante é ter consciência que os homossexuas fazem parte do nosso contexto, e devem ser respeitados e acolhidos como todas as outras minorias também. Só assim, respeitando um ao outro, poderemos ter uma sociedade mais justa, mais humana e conseqüentemente mais feliz.


Poesia do Dia:


Noite "G"

Hoje eu vou cair na noite,
E essa noite vai ser "G"
Máscaras, algemas e açoite,
Eu aprendi tudo na TV.

Na selva noturna borbulha
A fauna maluca e sedenta.
E os anjos já estão de patrulha,
Aqui não se bebe água benta.

Há rainhas e escravos submissos
Há valetes de espadas erguidas,
Damas que oferecem seus serviços
Em boates nefastas sem saídas.

Os corpos vão e vêm no deleite.
Seios, pés e calcinhas de enfeite.
Na mente só desejos ardentes
Buscando o prazer ao cerrar dos dentes.

O sangue escorre pelos cantos.
Prenuncia o gozo que já vem.
Nessa noite o prazer tem encantos
Os anjos fogem, e os diabos dizem amém.

Hoje eu vou cair na noite,
E essa noite vai ser "G".
Sexo, suor e porre que eu vi em DVD.
Eu quero tudo, menos drogas e LSD.

Richard

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O "Complexo de Schopenhauer"

Arthur Schopenhauer foi um filósofo alemão nascido em 1788 na cidade de Dantzig. Sua filosofia pode ser definida no seguinte princípio:
"Submetido a uma vontade metafísica o Homem tem na dor a sua verdadeira condição. Alegrias e prazeres são fugazes, acabam por criar expectativas e, portanto, mais sofrimento."
A filosofia de Schopenhauer é, portanto, profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. Não adianta tentar enganar a nós mesmos: a vida é o domínio do sofrimento. Momentos de alegria, prazer ou serenidade são passageiros, interrupções temporárias na infelicidade, condição verdadeira e perene do ser humano. Pior: um instante de prazer cria novas aspirações que, por irrealizáveis produzem mais sofrimento. Ou seja: "Viver é Sofrer".
A libertação para esse sofrimento estaria primeiro nas artes, especialmente na música. Mas para Schopenhauer a mais completa forma de salvação para o homem, somente pode ser encontrada na renúncia quietista ao mundo, e a todas as suas solicitações, na mortificação dos instintos, na auto-anulação da vontade e na fuga para o nada...
Esse é o resumo básico da filosofia de Schopenhauer. Confesso a vocês que eu conheço uma série de pessoas que compartilham desses ensinamentos, que seguem essa doutrina, e que nem conhecem Schopenhauer. Pessoas que acreditam que a vida é só sofrimento. Essas pessoas, agora eu sei, sofrem de um mal que eu acabo de identificar como "Complexo de Shopenhauer". Prestem atenção, daqui para frente, naquelas pessoas que estão sempre reclamando da vida, que ficam sem ação diante das dificuldades, que qualquer ato que pratiquem consiste num sofrimento, que não modificam suas atitudes na busca de uma melhora de vida, pois tem a convicção de que tudo vai piorar. Essas pessoas são acometidas pelo mal chamado de "Complexo de Schopenhauer".
Lembro-me de um caso que ilustra bem esse mal. Aconteceu na residência de um casal amigo. Fomos convidados para um churrasco. O dono da casa estava na cozinha preparando os espetos com a carne ainda crua. Sua esposa estava preparando a salada de batatas. Lá pelas tantas, ele terminou o serviço, juntou vários espetos e foi em direção à churrasqueira. Nem percebeu que, pelo chão, deixara o rastro de pingos de sangue da carne espetada. A esposa vendo tal desleixo, gritou em desespero: - Não tá vendo que tá sujando o chão? Claro que não se importa pois tem quem limpa,né. Não adianta, mulher nasceu pra ser escrava mesmo!...
E você conhece alguém que sofra do "Complexo de Schopenhauer"? Eu aposto que sim...


Poesia do Dia:


VIDA

A vida é tão vil,
Que por um fio se passa.
Hoje vida tão vulgar,
Amanhã morte a chorar...

A vida é um gole só,
Que se traga como pó na estrada.
É como veneno lento,
Que traz a morte como acalento...

A vida é um caldeirão candente,
Que engole a gente com seu fulgor.
Às vezes se respira aliviado,
Outras vezes se morre sufocado...

A vida é vivida enquanto há vida.
Faz sentido vivê-la, pois é vida.
Se não há vida, se perde a razão de ser.
É preciso viver a vida,
Enquanto há vida,
Enquanto há saída...

Richard

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Império Oculto

O mundo é dominado pelos micróbios. Bactérias, vírus e seus comparsas se espalham por todos os cantos do planeta. Estimativas asseguram que eles correspondem a 80 % da biomassa da terra. Há indícios que as bactérias tenham sido os primeiros habitantes a surgirem nos primórdios da formação do nosso planeta. Por serem estruturas simples e de reprodução assexuada facilmente se adaptaram às intempéries e às dificuldades do meio, iniciando seu império invisível a olho nu, a bilhões de anos atrás e que ainda perdura hoje em dia. Provavelmente a vida na terra se formou graças a elas. Em algum momento da história esses organismos passaram a se juntar em organizações pluricelulares de reprodução sexuada dando origem a todos os seres vivos, inclusive o ser humano. O vírus, cerca de cem vezes menor que a bactéria tem uma estrutura completamente diferente. Incapaz de se desenvolver por si só, ele necessita penetrar numa célula viva para poder se reproduzir. Por causa deles surgem algumas de nossas doenças. Quero dizer que o império dos micróbios é um império involuntário. Eles não tem a intenção de dominar o mundo. O único objetivo deles é o mesmo de todo ser vivo.
É o mesmo objetivo de uma mosca, de uma abelha, de uma árvore, de uma flor, de um elefante, de uma baleia e também do homem. É a razão de toda existência, ou seja cada um tem por objetivo perpetuar a sua espécie. Deixar sua descendência mais forte, mais adaptada, mais resistente possível para que esta subsista e carregue a bandeira de sua raça.


Poesia do Dia:


Infecta-me

Infecta-me com teu amor
Imputa-me a necessária dor
Pois sou meio de cultura
De todas as doenças sem cura.

O desejo de te ter
Cega a razão do meu ser
E, assim, vou ao encontro marcado
Colocando todos os riscos de lado.

Infecta-me, apodreça-me,...
Imputa-me a necessária dor
Puta do meu destino,
Puta vida sem nenhum valor.

Treponema Palidum,
Cândida Albicans,
Scherichia Coli,
Vírus HIV,...

Seja qual for teu nome
Homem arrazarás...
A glória será tua
Mas o prazer...
O prazer será todo meu!

Richard

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O Bolero de Ravel

Maurice Ravel nasceu na França em 7 de março de 1875. Era um compositor de físico mirrado( 1,57 m de altura e 54 Kg de peso), mas de uma grande inspiração. Ele foi o único compositor do século 20 a emplacar uma melodia no seletíssimo clube das mais arrebatadoras, célebres e populares de toda a história. Bolero, é uma espécie de tributo sonoro sensual à melodia sem paralelo.

Ravel escreveu Bolero em 1928 para a bailarina Ida Rubinstein. O sucesso estrondoso alcançado pela peça surpreendeu o próprio autor que certa vez diria: "-Escrevi só uma obra prima: Bolero. Mas infelizmente não há música nela." De fato, Bolero foi uma música feita somente para ser dançada, mas que funciona admiravelmente em concerto.

Após esta análise inicial, quero apresentar meu ponto de vista sobre esta obra. Ravel deveria estar com a libido no ponto máximo, pois Bolero é uma composição que representa a materialização musical de um ato sexual. Do início ao fim da obra temos a comprovação dessa tese. A música tem duração aproximada de 15 minutos. Nos primeiros 3 minutos a flauta e a clarineta apresentam o primeiro e o segundo temas com discreto acompanhamento de cordas em pizzicato.

Comparada ao início do amor, a cumplicidade do casal, beijos leves e o despir dos corpos...

A composição segue com o oboé retornando ao primeiro tema e o saxofone tenor reexpondo o segundo tema. Após o acompanhamento é reforçado com oboés, corne inglês e clarinetes voltando ao primeiro tema.

Já se passaram 8 minutos. Os corpos nús se procuram com carícias ativando as zonas erógenas. A penetração se torna uma conseqüência inevitável.

Dos 8 aos 12 minutos a peça chega à dinâmica forte. No acompanhamento, pela primeira vez, violinos são tocados com arco, enquanto as madeiras reexpõe o segundo tema. O acompanhamento é encorpado com fagodes, contrafagode, trompas e tímpanos.

Os corpos suam no vai-vem do embalo. A música penetra na mente ditando o ritmo da atividade sexual.

Aos 13 minutos é retomado o primeiro tema com violinos dobrados por flautas, saxofones e trompetes, enquanto o acompanhamento é reforçado pelo restante da orquestra.O segundo tema é retomado em tutti. O final é uma grandiosa coda de encerramento com base em elementos dos temas da peça.

A volúpia, o desejo, o instinto primitivo se revelam no crescente da música e explodem numa fantástica reação química entre os corpos que trocam seus líquidos em êxtase. Enfim atingem o tão almejado orgasmo.



Poesia do Dia:

Amor Doentio

Na escuridão da noite
Corpos ardentes rolam pelo chão.
Volta e meia estala o açoite,
Arrancando gemidos de prazer e excitação.

Saliva, sangue e suor.
Tudo misturado na atmosfera do quarto.
Por vezes um espasmo maior
Completava o ato, quedando o corpo farto.

Na busca do amor doentio
Tudo vale, nada tem preço
O ser humano é mero aspecto pueril;
Na roda da vida só recebe desprezo

Cabelos alvos ao longo do corpo marcado.
Chagas abertas na busca de prazer total.
Ainda se estorce contemplado,
Pelos olhos brilhantes do parceiro carnal.

Passado o momento de volúpia,
Cabeça fria, consciência rejuvenescida,
O látego escorrega da mão ímpia,
Aos pés da mazoquista entorpecida.

No final só resta um corpo esparramado e perplexo.
Outro sumindo pela porta entreaberta.
Assiste-se, assim, à morte do sexo,
Pois o que é o amor, senão uma eterna descoberta.

Richard

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sonhos

Nós passamos 1/3 de nossas vidas dormindo. Isto quer dizer que se vivermos 90 anos, ficaremos 30 anos na cama. Pesquisadores afirmam que sonhamos um sonho a cada 20 minutos. Conseqüentemente 3 sonhos por hora. Os especialistas em sono dizem que para termos uma vida saudável, uma pessoa normal tem que dormir necessariamente 8 horas por dia. Isso corresponde a 24 sonhos por noite. Refazendo as contas, se um cidadão normal viver 90 anos, ficará 30 anos na cama dormindo, e ao cabo desses 90 anos terá sonhado nada menos que 788.400 (setecentos e oitenta e oito mil e quatrocentos) sonhos... Puxa vida, põe sonho nisto...É claro que muitos de nossos sonhos se perdem na nossa memória, alguns nos lembramos e queremos esquecer, outros queríamos que fossem realidade e durassem para sempre. O certo mesmo é que o nosso sono tem uma influência fantástica em nossas vidas. O nosso humor, o nosso estado psicológico, e principalmente o nosso estado físico são diretamente influenciados pela qualidade de nosso sono. Penso que nossos sonhos tem uma relação direta com as fantasias criadas pelo nosso cérebro. Tudo o que vivenciamos no dia a dia, nossas alegrias, nossas tristezas, são processadas em nossa mente e misturadas no liquidificador do cérebro. Daí surgem nossas fantasias em forma de sonho. Então viajamos por lugares desconhecidos, falamos com amigos e até conhecemos pessoas que nunca vimos antes.
No sonho, descarregamos o "stress" do dia a dia. No sonho vivemos novas vidas. No sonho até perdemos entes queridos e queremos que ele seja apenas um sonho e que logo acordemos...



Poema do Dia:


Quando Durmo


Quando durmo,
Não pertenço a este mundo.
O espírito me foge do corpo,
e vagueia nas aladas auras do desconhecido.

Quando durmo,
Perco todos os sentidos.
Quero correr, mas me faltam as pernas.
Quero falar, mas não me vêm as palavras.
E mesmo cego tento enxergar, mas não consigo

Quando durmo,
Eu não estou vivo.

Quando durmo,
Vivo um pouco a minha própria morte.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Razão x Emoção

Razão e emoção são sentimentos distintos da mesma moeda. Tão próximos e ao mesmo tempo imiscíveis como água e óleo. A razão sempre deveria prevalecer em nossas atitudes. Se a emoção tomar conta, a razão deixa de existir. Nossos atos passam a ser todos dominados pelo impulso, pelo desejo cego que faz com que você esteja certo que tudo acabe como você imagina no final. Mas não é bem assim. O ser humano é um animal esquisito. Tem seus sonhos, e quer que eles se realizem. Não mede esforços para alcançar seus objetivos (alguns nem tanto). Mas lhe falta equilíbrio entre a razão e a emoção. O nosso cérebro foi feito para pensar, embora não usemos nem 5% de sua capacidade. Quase sempre a razão é deixada de lado em detrimento da emoção, sentimento primitivo que adquirimos já no útero da mãe. A fórmula ideal seria uma boa dosagem de razão com pitadas de emoção.
Quantas vezes não ouvimos os conselhos de nossos pais, e nos deixamos levar por uma paixão "avassaladora", pela conversa de um "amigo", ou por um desejo "fugaz"? Esse capricho da emoção pode nos custar caro. Uma decisão errada, um caminho mal escolhido, cada erro em nossas escolhas pode nos custar alguns anos de vida com mais sofrimento do que o necessário. - E como é difícil corrigir um erro -
Por isso precisamos sempre pensar bem nossos atos. uma vez, duas vezes, quantas vezes for preciso. Pense com emoção, mas aja com razão. Faça uso de sua inteligência preivilegiada em seu próprio benefício, e assim, com certeza ficará mais próximo da almejada felicidade.



POEMA DO DIA:


O Rolo

Escrevi, num rolo de papel higiênico,
Versos para ti
Era tal a minha vontade de te traduzir,
Que nem papel escolhi.
Foi com prazer que minha caneta
Deslizou em tão macio papel.
Decantei tua beleza em prosa e verso
Na terra, no mar e no céu.
Mas que infelicidade a minha,
Gastei todo papel que era para eu usar.
Nisso é que dá o amor;
Coloca a gente em segundo plano,
E a paixão sempre em primeiro lugar.

Richard

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sexo e Morte

Nesta primeira conversa, vou falar sobre dois de meus assuntos favoritos: sexo e morte.

Aparentemente eles não tem nenhuma relação entre si, mas recentemente li um livro muito interessante chamado "Sexo e as Origens da Morte" de William R. Clark , que relaciona magnificamente o sexo com a morte.

William R. Clark afirma: -"Nós morremos porque nossas células morrem", e que -"A morte é a conseqüência evolutiva da forma como nos reproduzimos"

De fato, sexo e morte tem uma íntima relação na evolução do ser humano. Nós morremos porque nossas células morrem. A morte de nossas células é uma conseqüência evolutiva da forma como nos reproduzimos e de nossa pluricelularidade. O sexo tornou-se a nossa forma para perpetuar a espécie. Através do sexo o DNA "rejuvenescedor" é transmitido para as futuras gerações. E assim, conseguimos manter nosso cilclo evolutivo. Depois que um número razoável de nossas células germinativas tiverem a oportunidade de transmitir seu DNA à geração seguinte, nossas células somáticas tornam-se excesso de bagagem. Elas já não servem a nenhuma função útil. Elas (ou seja nós) devem morrer, para que a mudança possa ser transmitida à geração seguinte.

E assim será feito. Quando completarmos o processo da morte, cada célula de nosso corpo estará morta, como pretendia a mãe Natureza. Se tivermos feito a nossa parte, teremos transmitido nosso DNA, embalado nas células germinativas, à geração seguinte. Este DNA pode muito bem estar à beira do nosso leito de morte na forma de um filho ou de uma filha. O resto ao pó retornará, e a vida seguirá o seu caminho natural...

- Grande livro "Sexo e as Origens da Morte" de William R. Clark

Voçês não devem deixar de ler. Eu recomendo!











Poesia do Dia:




A NOITE É MORTE

A noite é tão escura

A noite é tão vazia

À noite eu durmo

À noite eu saúdo!

Beijos eu distribuo,

Na solidão da escuridão.

São de pesados pesares,

No velório da fria cidade.

A morte é tão amarga

A morte é tão algoz

À morte todos cederemos

À morte todos saudemos!

A noite é morte, a morte é noite,

Escura, vazia e fria.

Negro pesadelo de se sonhar,

Numa linda noite de luar.


Richard