domingo, 13 de junho de 2010

A Curvatura do Universo

Tudo é curvo ao nosso redor. Plantas, animais, seres humanos, todos são arredondados. Não há espaço para arestas no nosso mundo. Nada de pontas, nada de cantos, nada de bicos, tudo é redondo. O homem, com sua inteligência privilegiada, inventou construções quadradas e pontiagudas indo na contramão da própria natureza. Nosso corpo é cheio de curvas, onde os líquidos fluem harmonicamente numa aerodinâmica perfeita e quase mágica. Já pensaram se os seios fossem cúbicos e as bundas fossem quadradas? Seria um desastre total ...No mundo , o curvo é natural, e o que for quadrado é invenção, no máximo um quadro de Picasso.
A terra é redonda, a lua é redonda, os planetas são redondos, tudo é redondo. Existe uma força invisível responsável por tudo isso : A gravidade.
As forças gravitacionais agem a grandes distâncias e em todas as direções, esculpindo, esmerilhando, arredondando tudo a sua volta. Essa é a razão por não existir nenhum planeta "quadrado". A gravidade age em todas as direções, com a mesma intensidade, arredondando tudo numa simetria perfeita.
Edwin Hubble, importante astrônomo americano, cujo nome serviu para batizar o telescópio espacial que a 20 anos vem desvendando os místérios do espaço, foi o primeiro cientista a descobrir que o universo está em expansão. Depois do "Big Bang", a grande explosão que deu origem ao universo, houve um espalhamento dos astros formando planetas, galáxias, nebulosas, etc., em todas as direções, em uma expansão que é lenta, mas contínua.
A questão, agora, é saber onde fica a curvatura do universo. Aí então saberemos se ele é finito, pois a resposta de onde tudo começou está no fim. Esse papo parece loucura, mas é assim mesmo, os cientistas buscam as respostas para os mistérios do início do universo na curvatura do final dele, na borda que limita o tudo do vácuo absoluto.
Enquanto eles buscam as respostas, nós continuaremos vivendo no nosso mundo redondo, dominado por curvas, esperando que o tempo, senhor de todas as soluções, nos apresente a sua.



Poema do Dia:

Astros

Perdidos estamos, num universo vazio.
Vejo, em ti, uma noite de luar.
Vejo, em mim, um meteoro sem par.

Somos dois astros, na fria madrugada.
Aparentemente vazios, sem rumo, sem ter o que fazer,
Vasculhando o espaço à procura do prazer.

Sim, o prazer, este será o nosso ponto de encontro.
Dois corpos, em inevitável rota de colisão.
Dois corpos, interagindo, por puro tesão.

Encontrar-te, neste universo, não é sorte, é sortilégio...
Explorar teu planeta, para mim, um mistério encoberto,
Faz meu corpo tremer, a cada valo descoberto.

Derramar meu líquido quente em tuas entranhas,
E deixar a vida fluir seu caminho natural,
Faz minha existência ter um sentido vital.

E assim vamos, nós dois, pelo sem fim...
E que não desista o sol do calor...
E que não insista o ódio na dor...
E que não exista final nesse amor...

Richard