sábado, 26 de março de 2011

I Still Haven't Found What I'm Looking For

Começo esse comentário pelo título de uma música do conjunto Irlandês U2. Traduzindo para o português quer dizer: "Eu ainda não encontrei aquilo que estou procurando". No caso dos autores da música a conotação do texto é religiosa, uma vez que o trabalho do U2 é claramente influenciado pelas disputas entre católicos e protestantes, que por décadas, vêm abalando a Irlanda. Mas podemos transportar essas palavras ao dia a dia dos habitantes do nosso mundo. Quantos cidadãos do nosso planeta ainda estão procurando, aquilo que não encontram?
Uma recente pesquisa feita na Inglaterra revelou que aproximadamente 70 % das pessoas estavam insatisfeitas com seu emprego. Ou seja 70 % dos trabalhadores não tinham prazer em fazer o seu serviço, e só continuavam no emprego pelo dinheiro ou por outra necessidade que os obrigava a ficar ali.
Realmente, pouquíssimas pessoas no mundo tem o prazer de trabalhar naquilo que gosta. Conciliar o dever com o prazer é o desejo de consumo de qualquer cidadão na face da terra. Também existem aqueles que ainda não descobriram no que gostariam de trabalhar. Para estes, a labuta diária é mais penosa pois não encontram perspectiva nem a curto nem a longo prazo.
Já pensaram num ser que nasceu, brigou por um lugar ao sol, passou por todas as agruras da vida, venceu a fome , a doença e a miséria, conseguindo chegar à velhice. E esse sujeito, do alto da sua sabedoria de velho, no fim de sua vida declara: "I still haven't found what I'm looking for"
Talvez o que ele procure esteja mais além...




Poema do Dia:


Quatro Estações


Eu chego com as chuvas do inverno.
No vento, no frio, na geada da manhã,
Quem envolve teu corpo em calafrios
Tu não sabes, mas sou eu a te insinuar.


No outono sou folha envelhecida, que da árvore cai
E, levada pelo vento, voa jovialmente ao teu encontro.
Em tuas mãos eu rejuvenesço
Esqueço que a vida tem um fim; sou imortal.


Eu também sou o sol quente do verão
Que bronzeia tua pele macia,
Me chamo brisa do mar, e sem receio,
Lambo o suor do teu corpo "caliente".


Mas, acima de tudo, na primavera és só minha.
Eu sou a rosa que embeleza o teu quarto.
Mal sabes tu que, à noite, te entorpeço com minha fragrância
E te faço, em sonhos, me amar.


Richard 2011

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