Eu cresci ouvindo estórias de marcianos. Aqueles pequenos homens verdes faziam parte dos meus pensamentos infantis, a tal ponto de ficar com medo que eles invadissem a Terra e nos submetessem às suas vontades. Muitos filmes de ficção científica contribuiram para esse pânico vindo de Marte. Discos Voadores ainda são vistos pelos mais crentes, ou por aqueles que mergulham em viagens lisérgicas.
Eu até que gostaria de ser abduzido por uma marciana gostosa, trocar algumas informações e que sabe, alguns líquidos corporais. Mas desisti de tudo isso ao ver a imagem horrivel que Hollywood criou para esses seres extraterrenos. Graças a evolução da tecnologia, e às viagens de sondas espaciais para Marte, esta imagem dos marcianos caiu por terra. As últimas notícias de Marte dão conta que ainda não foi encontrada nunhuma espécie de vida, nem mesmo microbiana, na superfície do planeta. As imagens que chegam até nós, são de um planeta frio, inóspito e desértico. Isto me basta para ficar sem nenhuma vontade de visitar Marte, e de sobra, quebra o encanto que tinha por esse planeta. Cada vez mais me convenço que estamos sós no Universo. Por mais que os cientistas afirmem que possam existir milhares de planetas iguais à Terra em outras tantas Galáxias, estas estão à vários anos-luz de distância de nós. E um ano-luz é muito longe para mim. Nós ainda, nem sequer alcançamos a velocidade da luz...
Cuidemos, portanto, da nossa querida Terra. Ela é única. Somos abençoados por tê-la como mãe. E, quanto à Marte, continuará sendo para mim um mistério a ser desvendado em meus sonhos marcianos.
Poema do Dia:
Campos de Marte
Os campos de Marte
São como os da tua mente
Pálidos, áridos em toda a parte.
Não nasce flor,
Não nasce amor,
Não nasce semente...
O que te fez ser assim
Um mundo fechado, lacrado,
Distante no sem fim
Insensível, intangível,...
Um rio invisível
Num leito parado.
Ventos violentos varem teu país
Dispersando as sementes prometidas
Arrancando meus desejos pela raiz
Que vão ficando para trás em covas contidas.
As dunas não guardam lugar no espaço
Levadas ao vento frio e devasso
Assim como na tua mente os pensamentos
São volúveis ao sabor dos sentimentos.
Amo-te no silêncio sepulcral.
Nesta espera dolorosa que o tempo passe.
Como lesmas lerdas no quintal
Arrastam-se as horas no relógio sem face.
Tudo mais é vácuo e vastidão
Um hiato apartando o meu e o teu coração
Anos-luz de distância reprimida
No alvor da aurora da minha vida.
Marte, morte, Marte, morte, Marte, morte,...
Existe algo suspeito no reino de Marte
Que a tua indiferença soterra com arte
E me faz sorrir, até na hora da morte.
Richard
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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